sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PL 2614 2011 - PROJETO DE LEI - DISPÕE SOBRE A PUBLICAÇÃO ANUAL, PELO PODER EXECUTIVO, DOS DADOS SOCIOECONÔMICOS E DE ATIVIDADES SOCIAIS RELATIVAS À MULHER.

PL 2614 2011 - PROJETO DE LEI

Autor: DEPUTADA LIZA PRADO PSB

Ementa: DISPÕE SOBRE A PUBLICAÇÃO ANUAL, PELO PODER EXECUTIVO, DOS DADOS SOCIOECONÔMICOS E DE ATIVIDADES SOCIAIS RELATIVAS À MULHER.

Publicação:
DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 28/10/2011

PROJETO DE LEI Nº 2.614/2011
Dispõe sobre a publicação anual, pelo Poder Executivo, dos dados socioeconômicos e de atividades sociais relativas à mulher.

A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:

Art. 1º - Fica o Poder Executivo Estadual obrigado a publicar, anualmente, relatório com informações detalhadas sobre as políticas destinadas às mulheres; bem como demonstrativo contendo dados estatísticos da área social relativos à mulher, com base no exercício anterior, para subsidiar as políticas públicas desenvolvidas em apoio à mulher.

Art. 2º - Para os efeitos desta lei, são dados relativos à mulher:

I - índice de emprego e condições de trabalho;

II - escolaridade e acesso à educação;

III - renda e representatividade das mulheres no mercado de trabalho;

IV - doenças que têm maior incidência entre a população feminina e as causas da mortalidade nessa população;

V - incidência da gravidez na adolescência e número médio de filhos;

VI - violência contra mulheres;

VII - perfis etário e étnico;

VIII - cobertura previdenciária oficial para as trabalhadoras ativas e inativas;

IX - proporção de mulheres que são chefes de domicílios.

Parágrafo único - Serão também divulgadas informações sobre os tratados e convênios referentes à população feminina celebrados pelo Estado de Minas Gerais, assim como sobre as conferências e seminários de que tenha participado.

Art. 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Reuniões, 26 de outubro de 2011.

Liza Prado

Justificação: É inegável a importância deste projeto de lei, pois defende a transparência das informações atinentes às políticas públicas desenvolvidas em apoio à mulher e busca congregar em um único documento informações relevantes que contribuirão para um conhecimento mais pormenorizado da condição e da participação da mulher no mercado de trabalho e na sociedade.

O projeto tem mérito de imprimir obrigatoriedade no encaminhamento ao órgão responsável pela defesa dos direitos da mulher, para fins de publicação, de toda informação que reflita a atuação do poder público para a valorização da população feminina.

Desse modo, prevê o estabelecimento de canais de comunicação com as Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, relativamente a questões essenciais como taxa de mortalidade materna, número de filhos, gravidez na adolescência, doenças típicas ou de maior incidência nas mulheres, participação no mercado de trabalho, riscos mais comuns no trabalho da mulher, cargos ou empregos a que tem acesso, situação salarial, nível de escolaridade, etc.

Sabemos que são produzidas informações particularizadas pelos órgãos da administração estadual, o que dificulta ou impede uma visão global da situação da mulher em nosso Estado. Daí, a necessidade de centralização dessas informações na Secretaria de Desenvolvimento Social, em conjunto com entidades ligadas à defesa dos direitos das mulheres.

Sendo evidente a relevância deste projeto de lei, espero contar com o apoio dos pares a que ele seja aprovado.

- Semelhante proposição foi apresentada anteriormente pela Deputada Ana Maria Resende. Anexe-se ao Projeto de Lei nº 1.328/2011, nos termos do § 2º do art. 173 do Regimento Interno.

sábado, 22 de outubro de 2011

PL 2594 2011 - PROJETO DE LEI - DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DE MEDIDAS DE CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO E COMBATE AO “BULLYING” ESCOLAR,

PL 2594 2011 - PROJETO DE LEI

Autor: DEPUTADA LIZA PRADO PSB

Ementa: DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DE MEDIDAS DE CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO E COMBATE AO “BULLYING” ESCOLAR, NO PROJETO PEDAGÓGICO ELABORADO PELAS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS.

Publicação:DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 22/10/2011

PROJETO DE LEI Nº 2.594/2011
Dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao “bullying” escolar, no projeto pedagógico elaborado pelas escolas públicas e privadas no Estado de Minas Gerais.

A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:

Art. 1º - As escolas públicas e privadas de educação básica, no Estado de Minas Gerais, deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao “bullying” escolar.

Parágrafo único - A Educação Básica é composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Art. 2º - Entende-se por “bullying” a prática de atos de violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

Parágrafo único - São exemplos de “bullying” acarretar a exclusão social, subtrair coisa alheia para humilhar, perseguir, discriminar, amedrontar, destroçar pertences, instigar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos.

Art. 3º - Constituem objetivos a serem atingidos:

I - prevenir e combater a prática do “bullying” nas escolas;

II - capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;

III - incluir regras contra o “bullying” no regimento interno da escola;

IV - orientar as vítimas de “bullying” visando à recuperação de sua autoestima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento escolar;

V - orientar os agressores, por meio da pesquisa dos fatores desencadeantes de seu comportamento, sobre as consequências de seus atos, visando torná-los aptos ao convívio em uma sociedade pautada pelo respeito, igualdade, liberdade, justiça e solidariedade;

VI - envolver a família no processo de percepção, acompanhamento e crescimento da solução conjunta.

Art. 4º - Decreto regulamentador estabelecerá as ações a serem desenvolvidas, como palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos e professores, entre outas iniciativas.

Art. 5º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Reuniões, 20 de outubro de 2011.

Liza Prado

Justificação: O “bullying”, palavra de origem inglesa, significa tiranizar, ameaçar, oprimir, amedrontar e intimidar. Essa prática já é comum entre os adolescentes, e tornou-se um problema que começa a ser discutido com mais intensidade diante do aumento da violência escolar. A preocupação com o “bullying”é um fenômeno mundial. Pesquisa feita em Portugal, com 7 mil alunos, constatou que 1 em cada 5 alunos já foi vítima desse tipo de agressão. O estudo mostrou que os locais mais comuns de violência são os pátios de recreio, em 78% dos casos, seguidos dos corredores (31,5%).

Na Espanha, o nível de incidência de “bullying”chega a 20% entre os alunos. O percentual assusta as autoridades espanholas, que já desenvolvem ações para coibir a prática. A Grã-Bretanha também está apreensiva com a maior incidência de ocorrências. Foi apurado, em pesquisa, que 37% dos alunos do primeiro grau das escolas britânicas admitiram que sofrem “bullying”pelo menos uma vez por semana.

O tema desperta o interesse de pesquisadores dos Estado Unidos, onde o fenômeno de violência foge ao controle. Estima-se que até 35% das crianças em idade escolar estão envolvidas em alguma forma de agressão e de violência na escola. No Colorado, dois adolescentes do ensino médio mataram 13 pessoas e deixaram dezenas de feridos, em um repentino ataque com arma de fogo. Após o ato, cometeram suicídio. Os agressores sofriam constantes humilhações dos colegas de escola.

No Brasil, não há pesquisas recentes sobre o “bullying”, muito embora seja evidente o aumento do número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar. Estudo feito pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência – Abrapia – em 2002, no Rio de Janeiro, com 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries de onze escolas fluminenses, revelou que 40,5% dos entrevistados confessaram o envolvimento direto em atos de “bullying”.

O “bullying” é uma forma de agressão que afeta a alma das pessoas. Pode provocar, nas vítimas, um sentimento de isolamento. Outros efeitos são a redução do rendimento escolar e atos de violência contra a si e terceiros. Em 2004, um aluno de 18 anos de uma escola de Taiúva (SP) feriu oito pessoas com disparos de um revólver calibre 38, suicidando-se em seguida. O jovem era obeso e, por isso, vítima constante de apelidos humilhantes, alvo de gargalhadas e sussurros pelos corredores.

O modo como os adolescentes agem em sala de aula, colocando apelidos nos seus colegas, pode contribuir para que pessoas agredidas não atinjam plenamente o seu desenvolvimento educacional. São atitudes comportamentais que provocam fissuras que podem durar a vida toda. Criar um estigma ou dar um rótulo às pessoas é pré-conceituá-las, ou seja, praticar o “bullying”. Além de ser uma agressão moral, é uma atitude de humilhação que pode deixar sequelas emocionais na vítima. Outros exemplos de “bullying” são os comentários pejorativos sobre peso, altura, cor da pelo, tipo de cabelo, gosto musical, entre outros.

A instituição do programa de combate ao “bullying” nas escolas vai permitir o desenvolvimento de ações de solidariedade e de resgate de valores de cidadania, tolerância, respeito mútuo entre alunos e docentes, além de estimular e valorizar as individualidades do aluno. A iniciativa pretende ainda potencializar as eventuais diferenças, canalizando-as para aspectos positivos que resultem na melhoria da autoestima do estudante.

- Semelhante proposição foi apresentada anteriormente pelo Deputado Gustavo Valadares. Anexe-se ao Projeto de Lei nº 1.205/2011, nos termos do § 2º do art. 173 do Regimento Interno.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Especialistas defendem adoção de terapias alternativas no SUS



Entidades que defendem a medicina alternativa denunciaram ontem o descumprimento de portaria do Ministério da Saúde a qual incorpora ao Sistema Único de Saúde (SUS) práticas como acupuntura, toterapia 
e homeopatia. Em debate sobre o assunto na Comissão de Saúde da ALMG, elas apontaram pressões corporativistas de entidades médicas e a competição por mercado de trabalho como causas do descumprimento.
A portaria em questão – 971, de maio de 2006 – aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS para prevenção, promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica. Segundo o diretor do Instituto Superior de Ciências da Saúde e representante da Federação Mundial de Acupuntura, Paulo César Noleto, “a portaria está sendo filtrada e barrada nos municípios”.
Noleto destacou, entre outros pontos, que a portaria permite a prática da acupuntura por profissionais com especialização lato sensu, o que na maioria dos casos estaria sendo impedido por médicos. Ele 
também disse que pressões de entidades como a Associação Médica de Minas Gerais teriam levado o curso superior de medicina chinesa criado no instituto a fechar as portas.
Situação semelhante foi destacada por Marco Aurélio Cozzi, delegado do Sindicato Nacional dos terapeutas Naturistas de Minas Gerais. Segundo ele, o primeiro curso superior de acupuntura criado no Brasil, em 2000, pela Faculdade Estácio de Sá, não teria vingado também por pressões contrárias ao seu funcionamento. Cozzi disse que a adoção de práticas integrativas e complementares poderia reduzir em até 60% os gastos com saúde no País. Cozzi criticou a ausência de representantes de entidades médicas convidados para a reunião.
Laboratórios – A audiência foi solicitada pela deputada Liza Prado (PSB), para quem a falta de conhecimento acerca dos benefícios reais da chamada medicina alternativa e a ação contrária de laboratórios 
de medicamentos podem estar impedindo que elas conquistem mais espaço no Brasil. “É preciso dar mais visibilidade às práticas complementares para que o consumidor veja como pode cobrar do SUS e de seus planos de saúde esses procedimentos”, defendeu.
O presidente da comissão, deputado Carlos Mosconi (PSDB), acrescentou que tratamentos como os oferecidos nas termas da estância hidromineral de Poços de Caldas (Sul) poderiam ser mais utilizados pela população se houvesse divulgação. O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) disse que “o ato médico não pode servir para reserva de mercado ou para interesse da iniciativa privada”.
Meningite – A Comissão de Saúde também aprovou ontem estes requerimentos de audiência pública: do deputado Tiago Ulisses (PV), sobre os casos de meningite em Ouro Branco; do deputado Délio Malheiros (PV), sobre as condições de trabalho dos médicos do SUS; e do deputado Célio Moreira (PSDB), sobre 
projeto de lei que obriga o governo a oferecer tratamento especializado a pessoas com deficiência mental.
Os parlamentares aprovaram, ainda, parecer favorável de 1º turno ao PL 805/11, do deputado Gustavo Corrêa (DEM), que institui a política de combate à obesidade.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Comissão de Saúde

Foi discutido assuntos relacionados a políticas públicas no Estado, integrativas e complementares, voltadas para a medicina alternativa. 










 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Visita dos alunos da UFV (Universidade Federal de Viçosa)


Visita dos alunos da UFV (Universidade Federal de Viçosa). Na oportunidade a Deputada Liza Prado pediu apoio no pedido referente a um deficiente de Viçosa que necessita da construção de uma ponte para travessia de um córrego.
























segunda-feira, 17 de outubro de 2011

17 de Outubro - Dia Mundial do Combate à Pobreza


No Brasil, mais de 16 milhões de pessoas vivem com até R$ 70 por mês, condição considerada pelo Ministério do Desenvolvimento Social, Pobreza Extrema. Sua erradicação é, sem dúvida, a é o maior desafio a que jamais foi confrontado o mundo contemporâneo, em especial nosso País. Cientes disso, nós, parlamentares mineiros tivemos a iniciativa de repercuti-la não só no âmbito político, mas também económico, social e cultural, para que esse mal ela seja reconhecido por todos. Apenas com a consciência de que todos nós, cidadãs e cidadãos mineiros somos responsáveis pela pobreza é que poderemos alcançar um mundo onde ela esteja realmente e criar mecanismos eficazes para combatê-la.
Além do Seminário Legislativo da Pobreza e Desigualdade, realizado pela Assembleia em todo o Estado, inclusive em Uberlândia - reivindicação minha atendida prontamente pelo presidente da Casa, Dinis Pinheiro, sou solidária aos que sobrevivem na extrema pobreza e cumprindo o papel para o qual fui designada pelo povo, de representá-lo, tenho apresentado na Assembleia projetos de lei que visam amenizar as grandes dificuldades das populações carentes. Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, mas acredito que desenvolvimento só é sustentável se ninguém ficar esquecido.
Um dos projetos que mencionei trata exatamente disso, incluindo a Água nos rol dos direitos essenciais a vida. Em uma abordagem inclusiva do desenvolvimento, é fundamental que as políticas económicas, sociais e ambientais levem em conta as realidades da vida das pessoas mais expostas aos riscos e perigos do meio ambiente. As suas contribuições para os esforços realizados devem ser não só reconhecidas, mas devem também ser motivadoras das modificações desejadas por todos, para poderem viver em harmonia num planeta económica, social e ecologicamente viável. Contudo, o que acontece é que as pessoas e famílias mergulhadas na extrema pobreza estão muito mais expostas do que as outras aos riscos e perigos do ambiente em que vivem. E têm também menos meios para fazerem face às consequências sociais, económicas e sanitárias da mudança climática e da degradação do meio ambiente. Muitíssimas vezes, as pessoas muito pobres se refugiam em zonas poluídas por detritos industriais ou ameaçadas por catástrofes naturais como as inundações, a seca ou deslizamentos de terreno.
Obrigadas a viver em zonas de risco, as pessoas em situação de grande pobreza fazem grandes esforços para assegurar a sua subsistência e põem em perigo a sua segurança pessoal e a sua saúde. Nas zonas urbanas, muitas famílias sobrevivem catando lixos para os reciclar e revender. Nas zonas rurais, passam inúmeras horas nos campos ou nas plantações. E tudo isso as expõe a substâncias químicas tóxicas. O seu corpo paga um pesado tributo a um labor extenuante que nem sequer lhes permite viver.
É importante frisar que cada atitude, cada gesto são importantes na luta contra a extrema pobreza e a exclusão. Existem várias maneiras de agir, tudo depende da determinação, força de vontade e solidariedade de cada um. 

Veja a matéria sobre o "Seminário Legislativo POBREZA E DESIGUALDADE".



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Asfaltamento de 42 Quilõmetros de Rodovia no Triãngulo Mineiro

A pavimentação de 42 quilômetros nos municípios de Frutal e Campo Florido, antiga demanda da deputada Liza Prado e sonho da comunidade local que sofre com as dificuldades de deslocamento, além dos entraves ao transporte do álcool e açúcar ali produzidos, vira realidade. A iniciativa foi possível graças à assinatura de um convênio, através da Parceria Público-Privada - PPP, entre o governo do Estado e a Usina Coruripe que, representada pelo seu diretor Rui Nogueira Ramos, é destaque no cenário nacional,  administrada de forma moderna e eficiente, integrando-se à comunidade onde é estabelecida.

A deputada Liza Prado protocolizou, junto à Secretaria de Estado de Esporte e da Juventude solicitação para a cobertura da quadra poliesportiva e a construção de uma piscina na sede do Projeto FLORESCER em Campo Florido. Mantida unicamente pelo apoio da Usina Coruripe, a entidade atende 120 crianças e adolescentes carentes de 06 a 15 anos de idade.






ALMG promove acordo para problema das balsas em Manga



Um acordo firmado entre empresas proprietárias de balsas, Prefeitura e Câmara Municipal de Manga, com a intermediação do Ministério Público e de parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Esse foi o resultado da reunião conjunta das Comissões de Assuntos Municipais e Regionalização e de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da ALMG, realizada nesta segunda-feira (10/10/11) nesse município do Norte de Minas.
A audiência pública presidida pela deputada Liza Prado buscou encaminhar soluções para os problemas envolvendo a falta de regulamentação para o transporte de balsas para travessia do Rio São Francisco. 
A primeira conquista foi a redução dos preços cobrados pelo serviço. O transporte de moto, que era de R$ 5, baixou para R$ 2; no caso do carro pequeno, o valor caiu de R$ 15 para R$ 10; carreta, de R$ 80 para R$ 50; ônibus, de R$ 50 para R$ 40; ambulância, de R$ 15 para R$ 10, caminhão truck, de R$ 50 para R$ 35; entre outros.
Ficou também combinado que no período da cheia (nos meses de janeiro e fevereiro), os preços serão majorados em 20%, com exceção do valor pago para travessia do carro pequeno. Já os veículos que transportam combustíveis inflamáveis pagarão um valor maior de tarifa em função de a balsa só poder carregar um de cada vez. 
O acordo terá duração de um ano a partir da sua entrada em vigor, em 1º de novembro, e o seu descumprimento acarretará para a empresa multa de R$ 2 mil. Também foi decidido que o intervalo entre a saída de uma balsa e outra será de meia hora, no período entre 6 da manhã e meia-noite. O acordo prevê ainda que, no caso de uma enchente extemporânea modificar o local do porto, as tarifas poderão ser revistas em caráter extraordinário.



Portos – Foram anunciados também alguns entendimentos que, apesar de ficarem fora do acordo, foram motivo de compromissos firmados pelos prefeitos de Manga, Joaquim de Oliveira Sá Filho, e de Matias Cardoso, João Cordoval de Barros, em comum acordo com o Ministério Público. Segundo o deputado Carlin Moura, o órgão vai convocar em breve os dois para que juntos busquem liberar recursos para obras de infraestrutura nos portos das duas cidades e criar regras para uma melhor navegabilidade no rio. As duas autoridades municipais também se comprometeram a incrementar a fiscalização para impedir o uso de balsas clandestinas. 
No âmbito da atuação legislativa, Liza Prado e os outros parlamentares presentes comprometeram-se a buscar recursos para realizar a obra que era o grande anseio da população: a ponte entre Manga e Matias Cardoso. Como a realização dessa obra deve se dar no longo prazo, os parlamentares propuseram captar recursos para obras nos portos desses municípios. Eles ainda prometeram empreender esforços para criar ou aperfeiçoar a legislação que regulamenta o transporte fluvial intermunicipal.
População está insatisfeita com o serviço
A deputada Liza Prado defendeu a regulamentação do serviço, que segundo ela, interessa a Manga e outras 66 cidades mineiras. Ela detectou também questões envolvendo a defesa do consumidor e o meio ambiente. “Os preços cobrados pela travessia de balsa variam de cidade para cidade sem nenhum critério. Além disso, as embarcações jogam terra e óleo no leito do São Francisco sem qualquer controle, matando os peixes”, constatou. 



Omissão de órgãos reguladores levou à situação atual
Respondendo a Carlin Moura, o prefeito de Manga, Joaquim Filho, disse que antes de se eleger, já era sócio na empresa de balsa. Ele citou que em junho de 2007, foi firmado convênio entre os Governos Estadual e Federal e o Estado passou a se responsabilizar pela regulação do transporte fluvial. Só que, segundo ele, o Governo do Estado foi ficando cada vez mais omisso nessa fiscalização, gerando a situação atual. Sobre a diferença de preços cobrados pelo serviço, o prefeito ressalvou que quando a travessia se dá entre municípios, o Estado cobra 14,4% de ICMS, o que não ocorre quando a travessia é em uma mesma cidade. 
Representando a empresa Irmãos Farias Gonçalves, uma das que oferece o serviço de balsa em Manga, Vital Farias Gonçalves destacou que o problema se arrasta desde 1976. De acordo com ele, a documentação da Superintendência da Marinha Mercante lhe garante concessão perpétua para explorar o serviço. Ele reclamou que os órgãos responsáveis pela fiscalização do setor -  Ministério dos Transportes e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) - não estavam na reunião. “Se eles não realizam o seu papel de fiscalizar, a culpa não é da empresa, e sim desses órgãos, que estão se omitindo”, concluiu. 
O promotor Célio Esteves Ruas rebateu a fala anterior, dizendo que havia obtido resposta de ofício enviado à Antaq, no qual a agência afirmava que não era de sua competência a fiscalização. Sendo assim, avaliou Ruas, a responsabilidade pela regulação do setor deve ser imputada à Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas. O promotor acrescentou que outro problema no serviço das balsas eram os atrasos constantes. 
Segurança - “Todo dia, um caminhão de terra é jogado dentro do São Francisco”, acrescentou o prefeito de Matias Cardoso, João Cordoval. Ele afirmou também que cerca de 500 pessoas atravessam diariamente o rio nas balsas entre Manga e Matias Cardoso  sem segurança nenhuma, pois não há coletes suficientes nas embarcações.
A juíza diretora do Fórum de Manga, Maria Beatriz Fonseca, acrescentou ainda que há questões trabalhistas na atuação das balsas. “Há problemas de insalubridade, com trabalhadores num sol escaldante sem protetor solar, e casos de pessoas trabalhando embriagadas”, informou. 
O chefe administrativo da Hidrovia do São Francisco, Zildo Araújo, esclareceu que o órgão tinha competência para tratar do transporte longitudinal do rio, mas não das travessias. Mas, diante dos fatos trazidos na reunião, ele propôs que o Governo do Estado estude formas de delegar ao órgão a fiscalização das travessias.


Deputada Liza Prado, Vereadora Silvia Maria de Ribeirão Vermelho e Petrina Marques da ONG Associação Projeto VIDA NOVA de Cana Verde

Deputada Liza Prado, Vereadora Silvia Maria e Petrina Marques de Cana Verde


Dep. Liza Prado e Vereadora Silvia Maria (Ribeirão Vermelho)

Vereadora faz solicitação para e reforma das instalações do Lar Frederico Ozanam e reforma do vestiário do Bangu atlético Clube, ambos de Ribeirão Vermelho.


Presidente da ONG Associação Projeto Vida Nova  e Deputada Liza Prado


Presidente da ONG solicita ajuda para conseguir instrumentos musicais para atender 25 crianças e adolescentes da corporação de música Santa Cecília do município de Cana Verde.